Tiradentes (21 de Abril)
Joaquim José da Silva Xavier, o nosso Tiradentes, nasceu em 1746.
Órfão de mãe aos nove anos e de pai aos onze, criado pelo padrinho, antes de sua opção pela carreira das armas, foi discípulo de Hipócrates, de Avicena e de Couvier… e da Odontologia hoje é o patrono. E patrono também é da Polícia Civil. Não há provas documentais, mas alguns autores afirmam que Joaquim José da Silva Xavier foi iniciado nos augustos mistérios de nossa Ordem, por comunicação.
Soldado do Regimento de Dragões de Minas Gerais, sem raízes na aristocracia local, foi sempre preterido nas promoções, permanecendo, até o fim de seus dias, no posto subalterno de Alferes.
Se como militar permaneceu subalterno, como civil foi grande líder…
e líder de um movimento de nobre causa… da mais nobre e legítima de todas as causas: a Independência da Pátria.
Preso em 1789, seu processo dura três anos e, dos onze companheiros condenados à forca, ele é o único a ser executado.
Enforcado e esquartejado em 1792, deixa a semente de um ideal que viria a germinar, que viria a se concretizar, que se tornaria realidade trinta anos mais tarde, com o Grito do Ipiranga.
Se inglória foi sua carreira nas casernas, gloriosa tornou-se sua condição de líder, de herói e de mártir da Inconfidência Mineira, o mais importante movimento precursor de nossa independência.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (Fazenda do Pombal[1], batizado em 12 de novembro de 1746 — Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792) foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Brasil, é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico do Brasil, patrono também das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.
O dia de sua execução, 21 de abril, é feriado nacional. A cidade de Tiradentes (Minas Gerais), antiga Vila de São José do Rio das Mortes, foi nomeada em sua homenagem.
Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradentes
Segundo o site da PAEL-MG Tiradentes era maçom sim, veja texto extraído do site
www.pael.com.br/tiradentes.html.
A INICIAÇÃO DE TIRADENTES, Naquela época a maçonaria permitia que se fizesse iniciações fora dos templos e às vezes por um irmão com autoridade, o que era denominado de: Iniciação por Comunicação. E assim José Álvares Maciel iniciou Joaquim Jose da Silva Xavier, sendo que este tipo de iniciação foi suprimido em 1907, com a promulgação da constituição Lauro Sodré. O Coronel Francisco de Paula Freire, não gostava do Alferes Tiradentes, com o qual mantinha fria distância. Esse tratamento mudou completamente quando Tiradentes de volta do Rio de Janeiro, participou-lhe que havia si do iniciado nos mistérios da Maçonaria.
Tiradentes, não Morreu.
A Folha de S. Paulo publicou um artigo (21/04/98) no qual se comentam os estudos do historiador carioca Marcos Antônio Correa. Correa defende que Tiradentes não morreu enforcado em 21 de abril de 1792. Ele começou a suspeitar disso quando viu uma lista de presença da Assembleia Nacional francesa de 1793, onde constava a assinatura de um tal Joaquim José da Silva Xavier, cujo estudo grafotécnico permitiu concluir que se tratava da assinatura de Tiradentes. Segundo Correa, um ladrão condenado morreu no lugar de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida pela maçonaria. Testemunhas da morte de Tiradentes se diziam surpresas, porque o executado aparentava ter menos de 45 anos. Sustenta Correa que Tiradentes teria sido salvo pelo poeta Cruz e Silva (maçom, amigo dos inconfidentes e um dos juízes da Devassa) e embarcado incógnito para Lisboa em agosto de 1792.
Isso confirma o que havia dito Martim Francisco (irmão de José Bonifácio de Andrada e Silva): que não fora Tiradentes quem morrera enforcado, mas outra pessoa, e que, após o esquartejamento do cadáver, desapareceram com a cabeça, para que não se pudesse identificar o corpo.
“Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria pelo Brasil”. Como só tinha uma, talvez Tiradentes tenha preferido ficar com ela.
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Veja o diz nosso mestre Alfério Di Giaimo Neto na PILULA MAÇÔNICA Nº 173
Tiradentes
Com a aproximação do dia 21 de abril, deverá aparecer na internet de cada um, uma série de e-mails falando sobre o nosso herói, inclusive um mártir, Tiradentes.
Como pertencemos à Ordem Maçônica, receberemos muitos e-mails mencionando se ele era ou não Maçom. Vou transcrever opiniões de dois historiadores: a primeira do historiador de assuntos brasileiros, Kenneth Maxwell, professor das Universidades de Cambridge e de Columbia, reconhecida como uma das mais consistentes sobre a conjuração mineira, derrubando, com provas, muito dos mitos e lendas que foram criados através dos tempos.
“Muitas Lojas surgiram no Brasil, no início do século XIX, primeiro em Niterói, com Reunião, em 1801, depois se espalharam rapidamente pela América portuguesa. Embora com provas escassas, frequentemente foi apontada influência da Maçonaria na Inconfidência Mineira, mas parece improvável que as comissões investigadoras não tivessem denunciado uma organização maçônica, caso existisse. O Sr. A. Tenório D’Albuquerque em “A Maçonaria e a Inconfidência Mineira”, faz uma tentativa totalmente inconsistente de demonstrar a influência maçônica do movimento de 1789.”
A segunda opinião é do Mestre Castellani, extraída de diversos artigos:
“Tiradentes Maçom é história da carochinha; é pura especulação, pois não existe prova alguma que ele tenha sido Maçom. Quem introduziu essa balela no meio literário maçônico foi o mistificador Arcy Tenório D’Albuquerque, que inventou uma nova História da Maçonaria, “Iniciando” todos os “bonzinhos” (até Abraham Lincoln, que nunca foi Maçom, entrou nessa) e negando a qualidade maçônica aos “mauzinhos”. Essa atitude – de mistificação total da História – foi inclusive, ridicularizada nos meios universitários ligados às Ciências Humanas, causando um grande mal à honesta historiografia maçônica. Basta dizer que, naquela época, não havia Loja Maçônica no Brasil – a não ser no delírio onírico de fantasistas, que não precisam de provas documentadas – já que a primeira, ainda cercada de algumas dúvidas, teria sido criada em 1797, na Bahia, seguida de outras – estas sem contestação – a partir de 1800, criadas no Rio de Janeiro.”
Nessa mesma linha de pensamento poderia buscar o depoimento do grande historiador Kurt Prober, mas creio não ser necessário.
Ao Maçom racional, meia palavra basta. Ao Maçom fanático, um Enciclopédia é insuficiente!