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DOS LIVROS DE HISTÓRIA DO BRASIL E LIVROS DE ATAS SUPREMO CONSELHO DO BRASIL – FUNDAÇÃO 1832 190 anos de história no Brasil.


O Supremo Conselho do Brasil – hoje denominado Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito – foi fundado no 12º dia, do 9º mês do ano da verdadeira luz de 5832, mediante concessão de poderes outorgados ao súdito do Império do Brasil Francisco Gomes Brandão (1794-1880, autodenominado Francisco Gê Acayaba de Montezuma, natural da Bahia e diplomado em Direito por Coimbra), no 12º dia, do 1º mês do ano da verdadeira luz de 5829.

A datação acima se encontra em sintonia com a utilizada pelo calendário maçônico francês em uso no século XIX, no qual o ano se iniciava em 1º de março e terminava no último dia de fevereiro (dessa forma o ano de 1832 começou em março dele mesmo e terminou em fevereiro de 1833); já o ano da verdadeira luz era obtido somando-se 4.000 anos ao calendário gregoriano, em sua datação antes e depois de Cristo. Assim, o 12º dia, do 9º mês do ano da verdadeira luz de 5832 corresponde a 12 de novembro de 1832, bem como o 12º dia, do 1º mês do ano da verdadeira luz de 5829 corresponde a 12 de março de 1829.

Francisco Gomes Brandão, autodenominado Montezuma, ingressou cedo na vida política, em 1823 elegeu-se Deputado por sua terra natal, a Bahia, vindo para a Corte, no então Município Neutro na Cidade do Rio de Janeiro. Ali, exerceu – com seu verbo inflamado e talento reconhecido na oratória – ferrenha oposição ao Ministro da Guerra (possivelmente João Vieira de Carvalho, Marquês de Lages, posteriormente, em 1840, Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho fundado por Montezuma). Preso, foi exilado para a França, onde permaneceu por oito (8) anos (1823-1831).

De volta ao Brasil, foi eleito para a Assembleia Geral Constituinte de 1831, onde ocupou lugar de destaque. Ali, tornou-se o primeiro Deputado, na história do Brasil, a lutar contra o tráfico negreiro, sendo, portanto, um dos pioneiros do movimento abolicionista, ideia e ideal que defendia com ardor, mesmo que isso, à época, fosse considerado ilegal.

Em 1837 foi feito Ministro da Justiça e dos Estrangeiros, no 5º Gabinete da Regência do Padre Maçom Antônio Diogo Feijó, elegendo-se, novamente, Deputado pela Bahia. Ocupou, ainda o cargo de “Ministro Plenipotenciário”, Embaixador, junto ao Império Britânico, sendo, no Brasil o primeiro homem de ascendência negra a desempenhar uma função diplomática. Em 1850 foi nomeado Conselheiro de Estado e, no ano seguinte, elegeu-se Senador por seu estado natal.

Montezuma, possivelmente, durante o seu período de exílio em território europeu, se iniciou na Maçonaria sob os auspícios do Grande Oriente de França, pois, pelo assentado na documentação relativa à fundação do Grande Oriente Brasílico ou Brasiliano, em 17 de junho de 1822, pode-se concluir que, ainda, não era Maçom, assim como seria, praticamente, impossível sua iniciação antes do aludido exílio.

No Brasil, quando do seu regresso, Montezuma filiou-se à Loja “Amizade Fraternal – nº 0010”, ainda hoje em atividade.

Em 09 de fevereiro de 1833, ou 9º dia, do 12º mês do ano da verdadeira luz de 5832, Montezuma, em Carta Circular aos Supremos Conselhos do Mundo, então existentes, comunica a solene fundação do Supremo Conselho para o Império do Brasil, do Rito Escocês Antigo e Aceito, no 12º dia, do 9º mês do ano da verdadeira luz de 5832, ou seja, 12 de novembro de 1832, com todas as formalidades estabelecidas pelas Constituições, Estatutos e Regulamentos da Ordem, assim como em virtude dos poderes a ele confiados pelo Muito Poderoso Supremo Conselho para o Reino dos Países Baixos, do Rito Escocês Antigo e Aceito. Essa comunicação se verificava para confessar os deveres do novel Supremo Conselho, bem como reivindicar os seus direitos.

Essa Carta Circular, transcrita no Livro “O SUPREMO CONSELHO NO BRASIL – síntese de sua história – RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO”, publicado pela Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda., 1ª Edição em 2000, de autoria do saudoso publicista maçônico José Castellani, é o único documento que, além de confirmar a data de fundação, em território brasileiro, de um Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito, faz alusão à outorga de poderes – para tal fundação – pelo Supremo Conselho dos Países Baixos, uma vez que à mencionada autorização (que alguns autores chamam de Carta-Patente) jamais foi encontrada.

A comprovação da assertiva acima, quanto à concessão de poderes a Montezuma e a efetiva implementação dos mesmos, se encontra em Prancha enviada em dezembro de 1858, pelo Supremo Conselho da Bélgica ao Supremo Conselho do Brasil, quando da fusão deste último com o Grande Oriente do Brasil, cuja íntegra se encontra publicada no Boletim Oficial n° 16, maio/junho, de 1965, página 8, do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito, do qual extraímos o seguinte excerto:

“(…) Em sessão de 14 dêste mez o nosso Supr:. Cons:. tratou do pedido que nos fizestes de uma declaração a respeito dos poderes dados, no dia 12° do 1º mez do anno 5829, ao Ir:. Montezuma. Esses poderes deixaram de surtir effeito desde que o facto pelo qual foram conferidos se acha cumprido e pela fundação, em 1832, de um Supr:. Cons:. tornaram-se de facto extintos. (…)”.

Os dois textos mencionados – tanto a Carta Circular de Montezuma quanto a Prancha do Supremo Conselho da Bélgica – mencionam, de forma inequívoca, a data de fundação, no território brasileiro, de um Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito, legítimo, legal e reconhecido.

Em face do exposto, só nos resta afirmar que a fundação do Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito, se deu em 12 de novembro de 1832.

SUPREMO CONSELHO DO BRASIL DO GRAU 33 PARA O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
“Mãe dos Graus Filosóficos Escoceses no Brasil”

BREVE HISTÓRICO

1832 – Montezuma funda o “Supremo Conselho do Grau 33” no Brasil em 12 de novembro. Sua doutrina tem por base nas Grandes Constituições Gerais de 1762 e 1786, fundamentada na hierarquia de 33 Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, sob o lema “DEUS MEUNQUE JUS”.

1854 – Fusão com o Grande Oriente do Brasil. O Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil era ao mesmo tempo Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho.

1927 – Cisão, o grande cisma na Maçonaria Brasileira, originado no Supremo Conselho repercute na Obediência simbólica, propiciando a criação das Grandes Lojas Estaduais Autônomas.

1929 – Em Paris na Convenção de Supremos Conselhos, o Supremo Conselho, então ligado ao Grande Oriente do Brasil, foi impedido por um organizador de participar do conclave e apresentar a sua versão dos fatos sobre a cisão, enquanto que a facção que fora dissidente – ou seja, discordara da orientação existente até 1927 – contava com as suas benesses e recebia os foros de legitimidade e regularidade, no território brasileiro.

1951 – Supremo Conselho Remanescente recupera sua autonomia, separando-se da Obediência Simbólica do Grande Oriente do Brasil.

1960 – Assembleia Constituinte do Grande Oriente se reúne para decidir se sua sede mudaria para do Rio de Janeiro para Brasília.

1965 – Assinado o tratado de Amizade e Aliança Maçônica do Supremo Conselho com o Grande Oriente do Brasil, publicado no Boletim Oficial nº 19, Ano III, novembro/ dezembro.

1973 – Ariovaldo Vulcano lança a pedra fundamental da nova sede própria do Supremo Conselho do Brasil, no Campo de São Cristóvão – RJ

1978 – Em Sessão plenária do Supremo Conselho, a 14 de setembro, Vulcano comunicava que a inauguração da sede, no Campo de São Cristóvão, estava programada para o dia 10 de novembro. – A Secretaria de Cultura era uma velha aspiração de Vulcano, Maçom culto dedicado ao Supremo Conselho e ao Grande Oriente do Brasil. O primeiro Secretário de Cultura foi Américo Bispo da Silveira e o primeiro ocupante da Secretaria de Comunicação Social foi Ney Coelho Soares.

1986 – A 4 de setembro foi aprovado a criação do Grêmio de Radioamadores, que permitiria ao Supremo Conselho instalar uma Estação de Transmissão de Radioamador, com alcance em todo o País com a finalidade de transmitir boletim informativo semanal, sobre os assuntos de interesse de todos os Corpos Filosóficos de todo País.

1988 – Falece o Soberano Grande Comendador Ariovaldo Vulcano.

1995 – Criado o Museu Maçônico e Histórico do Supremo Conselho, por Ney Coelho Soares, Soberano Grande Comendador em exercício na época.

1998 – O Supremo conselho continuou a crescer e tornou-se um grande complexo arquitetônico sob o comando do Soberano Grande Comendador Ney Coelho Soares que também lança a revista “O GRAAL”.

2003 – Em 27 de junho é inaugurada a Biblioteca Dr. José Ramos Penedo, que possui a função social de democratizar e disseminar a informação ao público. Seu acervo é formado por literatura maçônica e profana, monografias, teses, periódicos e material iconográfico. Há restrições de acesso ao acervo que possa violar a privacidade da Maçonaria.

2007 – o grande empreendedor Enyr de Jesus da Costa e Silva foi eleito Soberano Grande Comendador. Sua vida maçônica teve inicio no dia 20 de novembro de 1975, na Loja Copacabana do Grande Oriente do Brasil. No dia 14 de maio de 1976, iniciou na Loja de Perfeição Cruzeiro do Sul, começando assim sua caminhada nos Graus Filosóficos da Maçonaria e hoje tem a responsabilidade de ocupar o comando do Supremo Conselho do Brasil.

2009 – Por determinação do Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva, o Centro Cultural Maçônico participa anualmente da Semana Nacional de Museus, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus IBRAM. O evento possibilita aos visitantes uma viagem pela história, ciência e cultura nas instituições museológicas do Bairro de São Cristóvão, cumprindo o seguinte roteiro: Museu Nacional, Museu Militar Conde de Linhares, Casa da Marquesa de Santos, 1º Batalhão de Guardas – Batalhão do Imperador – 1823, Centro Cultural Maçônico, Museu de Astronomia e Club de Regatas Vasco da Gama. Neste Projeto, o Centro Cultural Maçônico, durante dois dias – sábado e domingo – abre suas portas e atinge uma visitação de aproximadamente três mil pessoas.

2010 – Em janeiro, sob a administração do Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva, o Museu passou a ser denominado Centro Cultural Maçônico, espaço que reúne cultura de diversas formas, como exposições de longa duração e temporária, seminários, sala de leitura e teatro. É um espaço aberto ao público em geral, objetivando expor a cultura maçônica e sua influência na História do Brasil.

2012 – Por determinação do Soberano Enyr de Jesus da Costa e Silva, foi realizado um trabalho de união e integração nacional da Maçonaria. A intenção foi integrar cada vez mais o Supremo Conselho com a Maçonaria Brasileira, mediante tal fato, o Santo Império foi representado em todos os Estados. As viagens foram iniciadas pelo estado do Amazonas, depois São Paulo, Rondônia, Fortaleza, Minas Gerais e o maior município do Estado do Rio de Janeiro, São Gonçalo. Por conseguinte, o trabalho tornou-se visível para os Maçons brasileiros, consolidando a integração de todos os estados e todos os Irmãos com um só objetivo: mostrar a grandeza e a seriedade do Supremo Conselho do Brasil.

2013 – Por intermédio do trabalho digno e eficiente de seus Delegados Litúrgicos e Diretores dos Órgãos e Corpos de suas jurisdições, o Supremo Conselho do Brasil difunde os objetivos salutares da doutrina e estudo do Rito Escocês, cultivando a fraternidade, o labor incessante em prol da Ordem Maçônica e a permanente pregação da esperança e da solidariedade entre os povos de todas as partes do Mundo. – O Convento Sir Percival de Gales nº001, o primeiro da América Latina, atualmente presidido por Luiz Neto Ilustre Comendador Cavaleiro do Convento, retorna ao Supremo Conselho do Brasil por determinação do Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva. 2014 – Grande feito conquistado pelo Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva e sua Administração, que priorizam compromissos dignos e de superação, foi a restauração do Tratado com a Inglaterra, consolidando um relacionamento longo e fraterno, em 01 de setembro.

– Por determinação do Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva, nas comemorações dos 182 Anos no Supremo Conselho reuniu novamente o Simbolismo e a Filosofia objetivando firmar um compromisso de mútuo aprendizado e união. Promoveu também o 1º Encontro Feminino do Supremo Conselho do Brasil, com a participação da cunhada Esther S. B. da Costa e Silva e Sheila Muniz Pinho (in memoriam), homenageadas pelos De Molays do Convento Sir Percival de Gales, nº001.

2015 – O Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva continua construindo suas aspirações com fidelidade, servindo a Ordem Maçônica com dignidade e respeito, praticando as virtudes da caridade e tolerância, eliminando discórdias e cumprindo seus deveres com elevada competência. O Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva, nas comemorações dos 183 Anos no Supremo Conselho reuniu novamente o Simbolismo e a Filosofia objetivando firmar um compromisso de mútuo aprendizado e união.

2016 – O Supremo Conselho do Brasil, completa 184 Anos e continua sob a direção do Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva, que com muita determinação e responsabilidade enfrenta um ano de turbulências no País, mas consegue manter o equilíbrio e harmonia nesta Instituição Maçônica. O reflexo de sua administração fica visível quando observa-se o números de Irmãos que chegaram a elevação ao Grau 33. No decorrer deste ano, também por determinação do Soberano, os membros do Santo Império estiveram presentes em várias sessões em diversos Estados do País, inclusive realizando Investiduras ao Grau 33.

Informações extraídas do site: Supremo Conselho do Brasil Rito Escocês Antigo e Aceito – “Clique aqui”

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